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Cyrillo Rodrigues de Souza

Cyrillo Rodrigues de Souza nasceu em Cristina-MG, berço de homens ilustres da política nacional, nas artes, e na intelectualidade. Era filho de Joaquim Rodrigues de Souza e de D. Ana Cândida do Espírito Santo. Aos 5 anos de idade mudou-se com a família para o município de Itajubá, vindo morar no Rio Manso, no distrito do Lourenço Velho, onde já existia uma Escola, que ele frequentou, concluindo o curso primário aos 11 anos. Aos 16 anos mudou-se para Maria da Fé-MG, onde teve oportunidade de estudar Contabilidade. Adquiriu grande prática em Escrituração Mercantil. Religioso, estudou Teologia Dogmática no Círculo São Francisco de Assis, do qual foi secretário. Foi Presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento durante 12 anos.

Trabalhou inicialmente como balconista da loja de seu pai, da qual assumiu a direção aos 18 anos de idade. Trabalhou no escritório da fábrica de charutos de Arlindo Zaroni, em Maria da Fé. Vindo para Itajubá, retomou as atividades comerciais. Foi contabilista da Casa Vera Cruz, e era proprietário de uma chácara, desenvolvendo nela alguns trabalhos como industrial.

Cyrillo prestou sua valiosa cooperação à vida política de Itajubá. Foi vereador durante o quadriênio 1955-1958, período perturbado com licenças especiais e renúncias, e que teve como prefeitos Luiz Goulart de Azevedo (1955-1956), Antônio Rennó Pereira (1956-1957) e Vicente de Sales Dias Filho (1958). Cyrillo foi presidente da Câmara nesse período (1958), secretário do Legislativo, e ainda vice-presidente da Câmara nesse quadriênio. 

No quadriênio seguinte (1959-1962), na gestão do Dr. Vicente Vilela Vianna, foi novamente eleito vereador, e reeleito presidente da Câmara (1953). Na vida pública, exerceu também a função de Comissário de Menores e de Juiz de Paz, por nomeação do Governador Rondon Pacheco. Fez parte da COMASP (Comissão Municipal de Assistência aos Pobres), fundada em 1959.

Cyrillo foi um poeta ingênito. Seus versos são considerados por muitos naturais, fluentes, espontâneos, e corretamente metrificados e rimados. Era um primoroso sonetista. Em 1991 publicou o livro “Caminhos Estreitos”, no qual enfeixou algumas de suas composições poéticas. Pertenceu a AIL, ocupando a Cadeira nº 18, cujo Patrono é o educador e jurista Geraldino Furtado de Medeiros, fundador, em 1925, do Colégio São Vicente de Paulo (prédio ora transformado em Convento das Irmãs da Providência de Gap).

Abaixo, um de seus poemas escritos já na aposentadoria.

 O MELHOR REMÉDIO

As dores são sinais que, comumente,
nos levam a pensar no fim da vida.
Alguém que já viveu o suficiente,
que importa agora a sua despedida?

Certo é que muita gente se intimida,
ao perceber a morte pela frente…
Mais vale um bom momento de partida
que uma ancianidade dependente…

O que mais nos aflige é a dor da alma!
A mais pungente dor que não se acalma,
é aquela que nos vem da ingratidão!

Mas quando a dor da alma nos tortura,
é fácil encontrarmos sua cura
no bálsamo divino do PERDÃO!!!

Fontes:
<https://www.oguiadeitajuba.com.br/Personalidades/Pers_C/Cyrillo-Rodrigues-Souza.php>, acessado em 29/05/2023, às 13:45.- GUIMARÃES, Armelim. História de Itajubá. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1987.

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