A Comissão de Educação e Esporte da Câmara Municipal de Itajubá se reuniu na tarde do dia 26 de junho para discutir a situação dos alunos do curso de Fonoaudiologia e o déficit de profissionais da área na rede municipal. Participaram da reunião, representando o Legislativo, as vereadoras Andressa do Coletivo (PT) e Vera Lúcia Mouallem (Progressistas) e o vereador Rafael Gonçalves (Republicanos). Como convidados, estiveram presentes Wander Chaves, secretário de Educação; Juliana Sallum, diretora do Departamento de Educação Integral; Cláudia Carvalho, coordenadora do Centro Especializado de Apoio Pedagógico; e Alessandro Augusto Ribeiro, diretor do Departamento de Educação Inclusiva. Além disso, a reunião contou com a presença de Hélida Albuquerque, representante das alunas do curso de Fonoaudiologia da UniFatecie, e das vereadoras Sandra Ferraz e Joelma Carneiro, do município de Cristina.
A reunião da comissão teve origem no Requerimento Nº 37/2025, aprovado por unanimidade na sessão ordinária do dia 5 de maio, que trata de informações sobre a ausência de profissionais que atuam no atendimento a pessoas com deficiência no município, especialmente na área de Fonoaudiologia. O requerimento também questiona se há algum projeto para a implantação de um centro especializado no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Itajubá, bem como para a melhoria da estrutura existente, uma vez que, conforme declaração do responsável pela pasta da Educação, há 614 laudos de neurodivergência registrados na rede municipal.
Considerando a carência de fonoaudiólogos na região e a dificuldade relatada pelas estudantes acerca da disponibilidade de estágio obrigatório para a conclusão do curso, a comissão debateu alternativas possíveis, entre elas a equiparação salarial com profissionais de municípios vizinhos. A necessidade de capacitação dos trabalhadores de diferentes áreas que atuam com pessoas com deficiência também foi abordada. Nesse sentido, as vereadoras de Cristina destacaram as experiências positivas realizadas no município, como cursos de formação com especialistas em TEA oferecidos aos professores.
Como encaminhamentos, foram debatidas ações a curto e médio prazo que podem ser executadas em parceria entre o poder público, a universidade e os profissionais de Fonoaudiologia em prol das demandas listadas. A comissão sugeriu ainda que o Executivo verifique de forma mais abrangente a situação das faculdades que ofertam cursos EaD em Itajubá, a fim de que situações semelhantes quanto ao estágio obrigatório, cuja supervisão é de responsabilidade das instituições de ensino superior, sejam evitadas. Em finalização, os representantes dos municípios de Itajubá e Cristina se colocaram à disposição para a colaboração conjunta, dentro de sua área de atuação, com a formação das estudantes de Fonoaudiologia.